quarta-feira, 11 de julho de 2012

Colhendo Cactos





Colhendo cactos... estou cansado
Levo a vida que me deram pra levar
Mal... estou muito mal amado
Não quero mais assim brincar

O meu amor é como a luz do sol
Que se foi na negra luz do meu sofrer
Como faço pra esse amor morrer?
E te esquecer... e te esquecer...

Sozinho hoje me deito na cama
Tua face sobre a minha arranha
Meus sentimentos não os trago mais
Nem tua presença me satisfaz

Essa flor de Cactos que hoje vejo
Talvez seja tu mesma que me apareceu
O meu coração que um dia foi teu
Sem calor está morto, não mais te vejo

Flor de Cactos se me permite um desejo
Leva este amor embora de onde ele veio
Seja pra que bandas ou diabos das cargas
Morte ao amor profano! Uma desgraça...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Meus Olhos

Ah os meus olhos!
De onde eu me olho
De onde se abre uma janela
E de onde vejo este mundo

Sentado na cabeceira da passarela
Os olhos do mundo me olham
Fitam-me e desaprovam

Ah os meus olhos!
Que o tempo veio fazer sossegar
Os olhos de jovem cego ficou pra trás
Minha trama hoje real-aparência não satisfaz

Nem nega que tudo que fiz era demais
E que tudo que faço é surreal
Deslealdade com o meu próprio corpo

Ah os meus olhos!
Que a terra há de não ver
Nem que ela queira passar na TV
Meus olhos, só eu mesmo sei
O que?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Do Outro Lado



E eu que pensei que era tudo em vão
Andando por aí em meio à escuridão
O pássaro da morte sorriu pra mim
E eu que ando sem sorte assim, assim...

Não ligo e nem poderia pra pouca sorte
Não carrego anseio de vida e medo de morte
Suturas que fecham os cortes em meu peito
Não conseguem e nem podem ser este sujeito

Meus lábios andam mais que sem sensibilidade
Não quero e nem vou ultrapassar a minha idade
É tempo de respirar fundo, despedir-se dos amigos.
Lagrimas que nunca derramei ficarão como artigos

Não estava escrito nas linhas sagradas dos céus
Na hora do ultimo aceno a despedida é curta
Não levarei para cova nem honra nem troféus

Ficarei pálido e o sangue na veia vira pedra
Sabem o que diz as sagradas escrituras
É do outro lado que a bonança me espera

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nada Poético...



Lira é o caralho!
Eu quero é a faca que corta a carne
Eu quero é a realidade que destrói o ser
Não quero a droga que aliena a dor
Quero sofrer o meu amargor
Com toda minha alma e meu espírito
Ou o que sobrou dele

Não quero a rima que sossega
Quero a tempestade dos versos livres
Quero a liberdade da dor sentida

Não quero a paz desassossegada
Quero o rancor de uma guitarra
O som estridente de uma bateria
E toda fúria do rock

Não, não quero viver do passado
E nem do presente que não deu certo
Quero mirar no futuro incerto
Minha certeza do nada conquistar
Não quero amor, não quero amar

Enfim...
Apenas quero continuar como estou hoje
Nada poético...