Tudo é anterior ao ser
O aqui e o agora
A fauna e a flora
O começo e o fim
Baile de bailar pra mim
A rede decanta o canto
Do pássaro uirapura
No revoado da coruja
Vou descansar no canto
A rede me ata
O vento devassa
Igarapé: água seca a sede
Revolta de flores revolta de vento
Das dores e das cores do mundo
Eu te pinto e de desenho
Poema falageiro
Passageiro sinistro
Orgulho entulha palavras
Pálpebras abertas
Coroadas e aureolas
Fruto do gigante mundo
Floresta quem te protege?
No pulado zombeteiro do saci
No queimar do tabaco da caipora
Estamos salvos na floresta
A proteção do curupira
Nestas sobras de linhas que me resta
Eu termino este poema antes que apanhe
Uma porrada bem dada da Matinta
Somos apenas um cruzamento mal feito
Entre palavras
Entre símbolos
Entre signos
Entre o que se diz
E o que não se fala
A linguagem é transito e não se cala
Eu sou a metáfora de minha poesia
UAU, li tudo num fôlego só... puf puf puf...
ResponderExcluirQuanta beleza e realidade contidas nas entrelinhas. Eu chamaria esses versos de poema/apelo. Um hino, um grito de alerta à natureza tão genuinamente bela e perfeita, que deveria (naturalmente)contrair matrimônio sagrado com o bicho/homem.
Belo este teu cantar!
Bjs da madrinha poérica (posso ousar?rsrs
bom findi meu querido ;D
Pois Lu Concordo com vc, deviamos dar mais atenção a nossa matre mãe Natureza.
ResponderExcluirbom fim de semana pra vc também!
Beijão!