sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reaprendendo a chorar


Passando um tempo a me espreitar
Deitado contando a noite sobre a luz do luar
Fechando feridas e abrindo cicatrizes
Que hoje não faço mais sangrar

É medo de terra é medo de ar
É medo de sonho é medo de amar
É o reaprender o que a dor pode ensinar

Rio que lava a alma
Corre pra perto de mim
Luz que me acalma
Flor do meu jardim

Se se reaprende o medo
Se se reaprende a amar
Também se reaprende cedo
Que se pode reaprender a chorar




segunda-feira, 22 de outubro de 2012


É cara palha
É mão de navalha
Sujeira que não se junta
Se espalha...
E atrapalha
E retalha
Traz consigo a canalha
E atrás a mortalha
É cara palha...
Estás bom de morrer

sábado, 6 de outubro de 2012

Não é nada sério



O estado de animo que se abateu
E de mim ele depois se perdeu
Mas ainda que cansado não se rendeu
Mas não, não é nada a sério

Não é nada a sério o grito dos intrafegáveis
A esmola que eles lhe deram neste processo
Ou a intimação que dos autos determina, registre e publique-se
Mas não, não é nada sério

Não é nada sério as noites passadas juntos
Descobrindo o desejo mutuo de inconfidência
Membrana quebrada de um ser em decadência
Palavra que desatina suando inconsequência
Mas não, não é nada a sério

Não é nada sério a voz delinquente que grita no rádio
Que de todos os acertos e erros lhe parecem o contrário
Mistura lendária de uma mente no obituário
Filosofo para a mente de um não formado
Mas não, não é nada a sério

Nada é sério
Nada é a sério
Nada